quinta-feira, 29 de julho de 2010

Pavão e teenagers

Pavão à solta. Meu dia começou bem (se bem que a semana está uma droga...). Até que fui informada que, por determinação divina, eu deveria interromper meu trabalho, que já não é pouco, para ciceronear alguns teenagers que estão conhecendo a empresa. Para tudo! Como é que é? Isso, isso, isso. "Pare de trabalhar e comece a pagear os teens, porque nós (de um certo departamento) não nos programamos para tê-los aqui por tanto tempo e não sabemos mais o que fazer". Foi isso que ouvi.
A calhar, ontem coloquei no Facebook que eu preciso urgentemente aprender a dizer "não" para as pessoas. De fato, isso é verdade. E o que motivou esse input foi outro episódio, que não vem ao caso por vários motivos. Mas, enfim, já colocando em prática esse desejo emiti um lindo e sonoro NÃO para a pessoa que me pediu que eu fosse babá por um dia. A reação foi um silêncio delicioso. Ninguém comentou e aquelas que estão do meu lado se identificaram na hora com a minha negativa. Claro que ninguém falou mais nada. A única palavra ouvida na sequência foi "obrigada". Aquela pessoa, que me fez o "pedido", virou-se e saiu do recinto desconcertada.
Ora, convenhamos, não é? A vida já não é fácil. Temos mil coisas para fazer no dia, aguentar clientes e chefes, segurar a ansiedade, não comer doces e entupir-se de saladas (eca), sofrer pelo coração partidok, consolar as amigas que também sofrem pelo coração partido, cuidar do saldo da conta corrente, enfim. Ainda temos que ser babás de filhos dos outros?
Quem pariu Mateus que o embale!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

TAM, SDU-CGH, 7:15

Local: voo da TAM, SDU-CGH, 7:15 da manhã da última quinta feira. Acordei, óbvio, às 5 da manhã, para poder chegar no aeroporto a tempo. Chovia e eu estava morrendo de medo de que o Santos Dumont fechasse e eu ficasse presa naquela cidade, que, para mim, de maravilhosa não tem nada. 
Felizmente, cheguei cedo ao aeroporto e consegui até antecipar meu voo. Até aí, tudo ótimo. Entrei na aeronave (odeio essa palavra, mas é assim que as comissárias falam, não é?). Consegui o assento do meio. Ao lado esquerdo, um tio de uns 55 anos. Ele era maior que o Cristo Redentor, mas estava ali, na janela, se espremendo entre as cadeiras. Logo, sua tentativa de fugir do aperto era colocando aquela perna gigante no meu micro espaço. E os cotovelos no meu apoio de braço. 
O tio da direita (no corredor) estava lendo jornal. E não era aquele jornalzinho da TAM. Era o Valor, com as páginas todas abertas e, por óbvio, invadindo meu espaço não só com a página do jornal, mas também com aquele cotovelo irritante. Na minha frente, um cara espaçoso. Lógico, nem poderia ser diferente. Dos dois lados, pessoas grandes e espaçosas. Por que raios seria diferente com o sujeito da frente? 
Ele mal sentou e já enclinou a cadeira para trás. E queria, vejam só que ousadia, deixá-la naquela posição até mesmo durante a decolagem. Ao lado desse fulano, ainda na minha frente, tinha um brother careca. Novo, mas careca. Adiante falarei mais dele. Bom, queridas, o fato é que o voo decolou, eu fiquei apertada por todos os lados, com sono, cansada, tensa e irritada. O Pavão estava sendo sufocado por mim. Afinal de contas, ali não seria lugar para ele aparecer, não é? Não, ao contrário, é lugar sim!!!! 
Para o tio Frankenstein da janela, um pisão no pé. E um pisão daqueles. Eu estava usando a minha nova ankle boot, com um salto de uns 15cm. A perna gigante e invasora dele rapidamente (por que será?) virou retrátil e voltou para a posição de onde nunca deveria ter saído. Da minha boca, um "ops...mil desculpas...é pequeno o espaço aqui, né?". Para o tio do jornal, tirar a bolsa debaixo do banco e sacar meus apetrechos de maquiagem foi suficiente. 
A primeira baforada de pó compacto já o fez tossir e o jornalzinho foi logo direcionado para o coitado do outro lado do corredor. Nunca amei tanto um pó compacto na minha vida. Já para o fulano espaçoso da frente, o artifício da bolsa embaixo do banco funcionou de novo. Eu fingi que ia guardar a bolsa e chutei a cadeira, assim, discreta e delicadamente. 
Por fim, o careca da fileira em frente, ao lado do espaçoso. Não sei que diabos aconteceu, mas caiu na cabeça dele alguma coisa vinda do compartimento de bagagens. Aliás, nem sei, para ser muito honesta, se caiu mesmo alguma coisa ou se ele tem problemas com espíritos. 
Só sei que durante a viagem inteira ele ficava olhando para cima, passando a mão na careca, como se gotas de alguma coisa estivessem caindo sobre ele. Uma coisa irritante! Enfim, todos esses eventos ocorreram durante 40 minutos de voo. 
E meu Pavão, a exemplo do Pavão da Dani (no post anterior) apareceu, mas muito, muito educado! Fiquei até orgulhosa dele. Sei que não é a coisa mais fina do mundo chutar a cadeira da frente, pisar no pé das pessoas ou dar uma baforada de pó compacto nos outros, mas diante do poder do Pavão de rodar a baiana, essas reações demontram o mais puro controle emocional. Ele poderia, por exemplo, ter dado uma chave de braço ou derramado café quente no colo de alguém. 
Assim, por acidente, sabe como é, né? Essas coisas acontecem...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

The dangerous rising of the Pavão


Juro gente. Ele tava ali quietinho e em estado de meditação. Tentando, às custas de muito ioga, virar um pavão zen.
Mas se tem uma coisa que o meu pavão não suporta é gente dissimulada, que finge que não falou as coisas e olha para você como se fosse uma louca quando tenta esclarecer a situação. Aí não dá. Todo o trabalho mental para deixar essas babaquices de lado vai por água abaixo, as penas sobem e só existe uma palavra no cérebro "pavonês": ATAQUE, ATAQUE, ATAQUE (às vezes a palavra sangue vem junto, mas dessa vez o treinamento zen impediu uma carnificina).
Na prática o que acontece é o seguinte: você está sentada tranquilamente e com cara de paisagem ouvindo um monte de besteiras que começam a te encher e não ajudam a resolver em absolutamente nada o problema em questão. Isso vai enchendo, enchendo, enchendo até, sem aviso prévio, você praticamente manda a pessoa (seu superior, by the way) calar a boca e diz: eu preciso disso, disso e disso. Será que você consegue resolver pra mim ou eu vou ter que fazer isso? 
Nessa altura, meu pavão já estava querendo partir para a ignorância. Sabe aquelas cenas deliciosas que você imagina sempre da pessoa deitada no chão e você chutando ela, dando um soco no nariz, pisando nas "partes"....pois é. Mas por sorte da pessoa, o lado zen prevaleceu e eu e o pavão conseguimos sair de cabeça erguida e sem espancar ninguém. 
Acho que até vale a pena treinar mais isso. Você enche a pessoa de tapas espirituais e sai linda e formosa, sem tirar nem um fio de cabelo do lugar.
E o que é melhor: tendo a mais pura e profunda razão em tudo o que falou!
Se a pessoa entendeu ou não, aí já é um problema mental dela. 
:-)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Urgente! Miranda Hobbes mostra seu Pavão no novo Sex and the City 2! (contém spoilers!!!)

O Pavão já pode ser considerado um astro de Hollywood com direito à marca de seu pé na calçada da fama em Los Angeles. O exemplo mais bem resumido e mais bem mostrado sobre o que seria o Pavão foi mostrado com exclusividade no novo filme da série Sex and the City, que além de abordar o tema em questão, é divertidíssimo.
A personagem Miranda Hobbes, a ruivinha, tem um chefe que mais parece mediador de sabatina presidencial do que chefe. Tudo o que Miranda propõe, discute, avalia e orienta é interceptado por um "talk to the hand" à lá Terminator , fazendo com que a "colaboradora" fique quieta, pois ele não quer ouvir o que ela tem para dizer, não quer ouvir a sua opinião, nem nada. Miranda sempre foi reprimida por esse gesto idiota e estúpido de alguém que é no mínimo amargurado na vida. O que leva uma pessoa à reprimir o que a outra tem para dizer?Ainda mais quando o que se tem para dizer é para o bem de todos? É falta de confiança ou inveja por saber que a pessoa está certa, tem certeza do que está falando e não tem medo disso?Não dá para entender o que se passa nessas mentes que censuram.
O pior é que Miranda sempre deu mais importância para isso, do que para as coisas que realmente importam.Em almoços, na mesa, o blackberry de Miranda toca e ela sai para atender no meio de uma reunião familiar, fora as mensagens de texto que precisam ser respondidas, fora as urgências que ela tem de resolver.Tudo isso para receber do chefe o agrado do "talk to the hand" quando ela mostra (ou tenta mostrar) seu trabalho.
Mas Miranda acorda. Ela percebe que não pode ser assim, e decide mostrar no meio de uma reunião o Pavão Terminator. O chefe manda o "talk to the hand" e ela devolve.Manda um "talk to the hand" para ele, mostrando a força do seu pavão e é ouvida.
Logo após, ela pede demissão e finalmente vive feliz.
O Pavão tem força de libertar.Por isso, acredite na força dele.

Ps: A Miranda parece com a editora-master-chief-blaster-ultrasonic-que-acerta-as-cagadas-que-escrevemos-no-blog.Cabelo igual, blackberry igual, jeito igual...história igual.(?)..Mera coincidência...heheheh

sexta-feira, 9 de julho de 2010

New Pleges


Ontem recebemos a inscrição de mais um membro para nosso Clube do Pavão. Mais precisamente às 12:51, chegou o Pedro! O mais novo membro do nosso clã. Mamãe de Pedro está ótima, obrigada! Linda como sempre e com o humor afiadíssimo! Hoje fui visitá-la e conhecer o pequeno, que, aliás, de pequeno não tem nada. Gigante, faz inveja em todos os outros bebês da maternidade. A gestação de Pedro já foi na "gestão" do Pavão, de forma que ele, desde a segurança e conforto uterinos, já sabe como se defender na vida. Seja muito bem vindo, Pavãozinho Pedro! Tenha sempre muita saúde, seja muito feliz e bagunce muito, muito a vida de sua mãe. Ela se tornou um Pavão exemplar e é muito querida! Grande beijo à família e, em especial, ao novo membro!

terça-feira, 6 de julho de 2010

O que é necessário para o Pavão entrar em ação? Raiva, ira, mágoa, ressentimento, irritação? Todos esses sentimentos não são muito bons. Eles prejudicam as pessoas. Deixam qualquer um vermelho, enervado, bufando, suando, enfim. Mas eles, às vezes, são bons também. Não é recomendável que as pessoas estejam sempre sorrindo, simpáticas, amáveis, dóceis o tempo todo. Quem é 100% do tempo assim é falso. Ou hipócrita. Já vi algumas pessoas assim: irritantemente felizes, cor de rosa, buchechas (como diz uma amiga querida). A verdade é que elas não me inspiram coisas muito boas. Na maior parte das vezes, me parecem fake. Tipo encenação, teatro, farsa. E tem, ainda, aquelas que se contém. Você percebe que querem explodir, mas, por mil razões, não o fazem. Controladas. Irritante isso. Vc sabe que elas querem deixar o Pavão emergir, mas se controlam e conseguem que ele volte às profundezas de seus sentimentos. Conheço algumas assim também. Essas são, na verdade, piores. Porque sabem que há um Pavão e sabem que ele pode surgir a qualquer momento, mas fingem. A feição mostra que ele quer sair. Mas o autocontrole irritante não deixa. E aquelas, então, que falam uma coisa e fazem outra, culpando os outros por seus erros? Vixi, essas merecem execução em praça pública. São aparentemente dóceis, mas erram, de propósito, e jogam a responsabilidade nos outros. Enfim, o que quero dizer hoje é que todas essas pessoas acima me irritam. Alimentam meu Pavão. Pelo menos para isso elas servem. Os melhores serem humanos são aqueles que tem defeitos, que mostram suas fraquezas, sem medo de serem julgados. Encaram a vida de peito aberto, destemidas, avançadas no tempo e no espaço. Essa são as melhores. Conheço algumas assim também. E confesso que elas me inspiram. Porque, no fundo, estamos aqui de passagem. Quem segura demais seus sentimentos não vive. Não experimenta. Vê o tempo passar pela janela sem poder tocá-lo. Também não evolui, não agrega. Quando passarmos dessa para outra melhor (seja qual for sua religião, certamente você sabe que esse dia vai chegar), temos que ter deixado um legado. E qual é o legado que você quer deixar? Ter sido aquela pessoa certinha, perfeita, flossless e que não viveu nada, que não incorporou nada? Ou quer ser aquela que vai chegar do outro lado dando aulas e compartilhando as experiências? Faça sua escolha agora. Nunca é tarde demais. Aliás, o Pavão surgiu exatamente por causa disso. Ele mostra o que sente. Ele vive. Indepentende de como o mundo vai vê-lo. Siga essa tendência. Viva pra valer! Beijos.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Olho Gordo


Sabe o que eu descobri agora há pouco? O Pavão não é afetado por Olho Gordo (coloco assim, com as iniciais maiúsculas, por já ser praticamente uma entidade...rs). Eu sempre fui muito afetada por pessoas invejosas. Não que tenha algo especial ou seja superior a ninguém. Mas o fato de ser extremamente sensível (e chorona) já me deixava mais vulnerável. Hoje vi que, a partir do momento em que descobri o Pavão que existe em mim, me tornei mais forte e menos sujeita aos efeitos do olho gordo.
Vi isso quando uma determinada pessoa que antigamente me causava até gripe e dor de cabeça me encontrou hoje e ela é que saiu doente. Cabisbaixa e visivelmente abatida. O olho gordo dela bateu e voltou, como se fosse um efeito de cinema, com um feixe de laser sendo refletido ao seu próprio emissor.
Achei sensacional! O Pavão é blindado, gente! Amei essa descoberta!

Pavão mega master blaster power!